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Cenários para 2026

  • Foto do escritor: Marcel Solimeo
    Marcel Solimeo
  • 14 de nov.
  • 2 min de leitura

À medida que se aproxima o fim de ano são comuns as perguntas dos empresários sobre as perspectivas para a economia. Como estamos atravessando um período de incerteza externa, agravado pela falta clareza da situação interna, fica difícil projetar qualquer cenário.


Para não deixar sem resposta às indagações, prefiro apresentar três cenários possíveis: otimista, pessimista e realista, sem esgotar todas as possibilidades.


O problema é que o empresário tem que tomar decisões e, portanto, essa resposta não ajuda muito. O empresário é acostumado a correr riscos, que são quantificáveis, e os coloca em seu preço. A incerteza, no entanto, não é quantificável.


O cenário otimista é que o Brasil vai aproveitar as condições favoráveis da situação internacional com o governo ignorando as pressões das ONGs estrangeiras, e permitindo ao setor privado se consolidar como o grande fornecedor de alimentos para o mundo, explorar, com parcerias, suas imensas reservas minerais requeridas pelas novas tecnologias, inclusive as “terras raras”, e aproveitar as imensas possibilidades de fornecer energia alternativas, inclusive o hidrogênio verde. Com isso, apesar de continuarem os problemas atuais, a tendência de desaquecimento da economia poderá ser revertida.


No cenário pessimista os problemas atuais continuam e se agravam porque as instituições, ou as “regras do jogo”, que balizam o comportamento dos agentes econômicos e da sociedade em geral não apresentam a estabilidade necessária, o que provoca insegurança jurídica e incerteza.


O Judiciário, com as decisões monocráticas do STF, e sua interferência em todos setores. O executivo com o constante aumento de tributos e dos gastos, e o total desrespeito ao ”arcabouço fiscal”, e o Legislativo preocupado mais com o controle do orçamento e as emendas, e aprovando matérias complexas sem maior debate, e se omitindo na defesa da cidadania.


Tudo isso, projeta um cenário de redução dos investimentos e continuidade da desaceleração da economia. Soma-se o período eleitoral, quando a polarização da sociedade se acentua, com reflexos nas relações sociais e a incerteza própria das eleições.


Por fim, o cenário Realista é um misto do Otimista, com alguns avanços no aproveitamento das oportunidades, e do Pessimista com a continuidade da fraqueza das instituições atuando no sentido de acentuar a desaceleração da economia.


Como os empresários não podem ser pessimistas porque isso os levaria a paralização dos negócios, é preciso manter um otimismo cauteloso ou, no dizer de Gramsci, ser “pessimista na análise e otimista na ação”.

 
 
 

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