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NELSON RODRIGUES E O IMPOSTO DE RENDA

  • Foto do escritor: Marcel Solimeo
    Marcel Solimeo
  • 7 de out.
  • 2 min de leitura

NELSON RODRIGUES, pernambucano radicado no Rio de Janeiro foi um jornalista, escritor, teatrólogo, dramaturgo, cronista de costume, e comentarista de futebol. Desafiava as convenções da época e suas peças de teatro eram consideras ousadas, e até pornográficas para aquele tempo, o que não impediu o sucesso. Torcedor do Fluminense, suas crônicas sobre os jogos, eram recheadas de frases hiperbólicas e romanceadas, sempre com comentários muito espirituosos.


Talvez em função de suas peças teatrais, o título de sua biografia, escrita por Ruy Castro com analise não apenas de sua trajetória como das tragédias que atingiram sua família, se intitula “O Anjo Pornográfico”.   


O que me fez lembrar de Nelson Rodrigues é que era um grande frasistas e algumas de suas frases  se aplicam à economia, e sempre me vem à mente. A primeira, que reflete a realidade brasileira é que “Subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos”. Desde o descobrimento, um país continental e com uma extraordinária dotação de recursos naturais perde as oportunidades para, como dizia Roberto Campos, transformar recursos em riqueza.


A segunda se mostrou tão atual como agora: “toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade, não precisa pensar”.


A provação por unanimidade do projeto que eleva a a isenção do IRPF e tributa dividendos, promove aumento da carga tributária, bitributação e cria complexa burocracia para a apuração do IRPFMI.


Apesar da complexidade da proposta, que altera conceitos consolidados da tributação, afeta situações passadas e inibe os investimentos não houve voto contrário, talvez porque, como dizia Nelson, “Só os profetas enxergam o óbvio”. 

 

Ao ver a comemoração dos deputados ao redor da mesa do presidente da Câmara após a aprovação, lembrei-me de outra frase atribuída ao cronista; “é a alegria da irresponsabilidade”.  


Resta agora esperar que o Senado analise o texto vindo da Câmara, considerando seus méritos e problemas,  ao invés de “jogar para a torcida”, de olho apenas na eleição.     

 

 

 

 
 
 

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